Após três anos do homicídio do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, a viúva de Dom, Alessandra Sampaio, promove o livro deixado inacabado pelo companheiro. Com o título Como salvar a Amazônia: uma busca mortal por respostas, a obra era o motivo pelo qual Dom apurava informações na Terra Indígena Vale do Javari e foi finalizada por seus amigos, sob o comando de Alessandra. O livro é lançado pela editora Companhia das Letras.
Alessandra participa nesta quarta-feira (18) do evento A Feira do Livro, na Praça Charles Miller, no Pacaembu, na capital paulista, em uma atividade com Tom Phillips e Otavio Cury.
Alessandra trabalhou com artesanato e atualmente seu principal objetivo é prolongar o que o companheiro iniciou. Ao fundar o Instituto Dom Phillips, ela tem buscado garantir formação a jovens indígenas comunicadores que aparecem cheios de dúvidas, muitas delas respondidas pela educação midiática, área que amplia a compreensão sobre temas como desinformação e checagem de fatos. “O Dom era e sempre foi essa pessoa muito conectada à natureza. Essa conexão muito profunda, de fazer caminhadas, alguma atividade. Era bem importante para ele isso. E não era o tipo de jornalista que está na região só para coletar informação para algum trabalho. Ele se envolvia com as pessoas e suas histórias”, contou Alessandra à Agência Brasil.
Segundo ela, Phillips foi à Amazônia pela primeira vez como turista. A partir dessa viagem, ele pensou em morar no Brasil, a partir de 2007. “Não tinha como não se envolver. Primeiro, porque a Amazônia é uma causa apaixonante. Ele voltava muito impactado. Ele dizia: ‘se as pessoas conhecessem a Amazônia, os povos da Amazônia, naturalmente iam se engajar para proteger, porque não tem como você ficar alheio à grandiosidade da floresta e à sabedoria dos povos’”.
A íntegra das informações está disponível no site da Agência Brasil.
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