Dirigentes de diversos sindicatos que representam servidores estaduais apresentaram na tarde dessa segunda-feira (23) uma carta direcionada ao governo do Rio Grande do Sul em que criticam medidas do governo que aumentam gastos, enquanto o funcionalismo vive “situação dramática”. No documento, os servidores focam as críticas em três medidas que teriam aumentado a indignação dos trabalhadores: o pagamento de honorários de sucumbência para os procuradores do Estado, a promessa do governador Eduardo Leite de destinar R$ 55 milhões do Orçamento de 2020 para emendas de deputados estaduais e a venda das ações do Banrisul.

Para os sindicalistas, é “inaceitável” que os procuradores do Estado, uma das categorias mais bem pagas do funcionalismo, recebam adicional salarial enquanto as demais categorias estão com salários congelados desde 2014, além de estarem recebendo de forma parcelada ou atrasada. A carta critica ainda o fato de que os procuradores praticam “advocacia sem risco”, isto é, rateiam os benefícios de ações vencidas pelo governo, mas não tem prejuízos em caso de derrota do em ações judiciais. Segundo a carta, o pagamento de honorários poderá até dobrar os vencimentos dos procuradores.

Quanto às emendas parlamentares, os sindicalistas avaliam que a medida é um “deboche do governador para com os trabalhadores”. “Sem reajustes, com pagamentos atrasados, comprando o próprio salários, assistimos ao governo fazer um agrado aos deputados, destinando R$ 55 milhões para que estes pratiquem clientelismo em suas bases. Isto ofende a dignidade dos mais de quinze mil servidores que recebem o básico abaixo do salário-mínimo”, diz a carta.

A íntegra das informações está disponível no site Sul21.

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