Trabalhadores de três setores do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) protestaram e paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (23), contra a retirada dos adicionais de insalubridade e periculosidade que afetam mais de 200 funcionários. No início da tarde, eles foram recebidos pela direção do hospital, para a qual entregaram um documento com as suas demandas.

A retirada dos adicionais teria sido determinada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mas o Sindisaúde-RS, que organizou o ato, argumenta que a gestão do hospital apenas acatou a decisão, sem tomar nenhuma medida. “São funcionários que se encontram predominantemente na faixa dos salários mais baixos do hospital, e de uma hora para outra deixam de contar com suas remunerações completas”, explica o presidente do sindicato, Arlindo Ritter.

O Sindisaúde também argumenta que o valor gasto com os adicionais é “irrisório para o orçamento do hospital, mas corresponde muitas vezes a cerca de 15% das remunerações dos afetados”. Segundo dados do sindicato, o Clínicas tem um orçamento de cerca de R$ 1,4 bilhões ao ano. Se a retirada, em média, for em torno de R$ 200 de cada um dos cerca de 200 funcionários afetados pela medida, são em torno de R$ 40 mil mensais, valor menor que 0,003% do orçamento da instituição. “Dá menos do que o salário de dois diretores do hospital!”, lembrou Ritter.

A mobilização foi definida em assembleia da categoria realizada na semana passada e teve início às 7h em frente ao hospital. Os setores de creche, lavanderia e refeitório, afetados pela retirada dos adicionais, paralisaram as atividades. Uma nova assembleia do Sindisaúde foi marcada para a próxima semana, na qual será votada a paralisação total dos setores.

Em nota, o Clínicas argumenta que os cortes se deram após auditorias realizadas por órgãos fiscalizadores apontarem a necessidade de readequação dos adicionais de insalubridade e periculosidade.

A íntegra das informações está disponível no site Sul21.

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