O nível de escolaridade dos refugiados no Brasil está acima da média nacional, de acordo com a pesquisa Perfil Socioecômico dos Refugiados no Brasil lançada nessa quinta-feira (30) pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) e a Cátedra Sérgio Vieira de Melo (CSVM). O relatório inédito, elaborado por professores, é um marco na produção de informações sobre essa população que é altamente vulnerável.

Hoje, existem 5.134 refugiados em todo o país, vindos de 105 países diferentes, sendo que metade mora em São Paulo. Os dados da pesquisa indicam ainda que a maior parte dessa população está empregada, 57%, e 20% que estão fora do mercado de trabalho. Além disso, 79% dos refugiados citam ter o interesse em empreender no país.

A pesquisa da Acnur apontou que o Brasil é visto positivamente por essa população, sendo que a ampla maioria buscaria o país mais uma vez, caso precisasse novamente de refúgio. Mas há, no entanto, uma série de dificuldades enfrentadas pelos refugiados, como destaca Padre Paolo Parise, coordenador da Missão Paz, um local de abrigo para essa população que chega.

Ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, o padre explica que além da validação do diploma ser um problema, a questão da moradia ainda é falha, com a maioria dos refugiados se abrigando em ocupações, e há muito discriminação. “Falta uma certa compreensão por parte da sociedade de quem é o refugiado, de consequências e preconceitos que recaem sobre eles”, afirma. O assessor de comunicação da Acnur em São Paulo, Miguel Pachioni, destaca ainda que em geral não se reconhece a qualificação dos refugiados. “Uma das dificuldades cruciais que a gente tem seria esse momento inicial no acesso ao mercado de trabalho”, avalia Pachioni.

As informações são da Rede Brasil Atual.

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