De motoristas de ônibus a petroleiros. De estudantes a eletricitários. Milhões de trabalhadores vão paralisar suas atividades por 24 horas contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PSL) nesta sexta-feira (14). Motivada pela urgência de se enfrentar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 6/2019, a Greve Geral levará às ruas outras pautas de interesse nacional.

Em todas as bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP), os trabalhadores aderiram à paralisação no dia 14 de junho, como conta o diretor de comunicação da entidade, Alexandre Finamori. A mobilização é simbólica, já que não ocorre a paralisação completa das plantas, mas afetará a troca de turnos nas refinarias.

Os petroleiros vão aproveitar a Greve Geral para expressar descontentamento em relação a projetos que atacam a soberania do país, iniciados pela gestão de Michel Temer (MDB) e aprofundados por Bolsonaro, diz Finamori. “A gente pode elencar, de cara, as privatizações das refinarias, o fechamento da planta de biodiesel de Quixadá, no Ceará, e outros desmontes do sistema Petrobras”, pontua o sindicalista.

O governo Bolsonaro já anunciou a venda de oito das 13 refinarias da Petrobras. O acordo de concessão entre a estatal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foi assinado nesta terça-feira (11), com prazo de dois anos para a venda das unidades. “Os trabalhadores estão com medo de trabalhar devido à precarização que está sendo feita, que é o caminho da privatização. Você precisa reduzir os gastos e manutenção para deixar a planta economicamente viável para a privatização”, finaliza.

Em intenso processo de mobilização na luta contra cortes na Educação desde maio, estudantes, professores e funcionários de universidades e institutos federais também aderem à Greve Geral. Vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Jessy Dayane afirma que a expectativa é de que a maioria das universidades no Brasil paralise, dando continuidade aos protestos que mobilizaram 1,5 milhão de pessoas em todos o país. “Em todos os espaços onde a gente construiu diálogos, debates e processos preparatórios para a greve, a adesão é muito grande”, diz.

Além das pautas específicas da categoria contra os cortes de bolsas de pesquisas e redução do orçamento das instituições, Dayane ressalta que há um trabalho específico das organizações no sentido de aproximar a juventude à principal pauta da Greve Geral desta sexta-feira. A motivação, segundo a dirigente estudantil, é bastante objetiva: os jovens serão os mais afetados pela PEC que altera as regras para a aposentadoria e que está em debate no Congresso Nacional. “Nosso desafio, nesse período, foi o de espalhar informação, conscientizar e fazer o debate, panfletar e passar em sala de aula explicando o que é a reforma da Previdência, porque todo mundo que tem acesso ao que ela é não se posiciona a favor”, lembra.

A reforma enviada pela equipe econômica de Bolsonaro fixa idade mínima de aposentadoria em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. No caso dos professores, a idade mínima foi definida em 60 anos para homens e mulheres.

A íntegra das informações são do site Brasil de Fato.

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