A informação publicada no livro “Tormenta – O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos”, da jornalista Thaís Oyama, de que Jair Bolsonaro chegou a pedir para que Sergio Moro deixasse o Ministério da Justiça traz à tona uma rotina de humilhações promovidas pelo capitão e de bajulação do ex-todo-poderoso juiz da Lava Jato ao chefe para manter-se no cargo. A crise teve início no mês de julho, quando Moro demonstrou descontentamento com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tofolli, que atendeu a um pedido feito pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e suspendeu o andamento de todos os processos judiciais do país que foram instaurados sem supervisão da Justiça e que envolvem dados compartilhados pelos órgãos administrativos de fiscalização e controle como o Fisco, o Coaf e o Bacen.

No início de agosto, a crise atingiu seu auge e, enquanto Moro era humilhado em eventos públicos por Bolsonaro, o núcleo duro do governo isolava o ex-juiz por sua “ingratidão” ao capitão. No dia 9 de agosto, Bolsonaro expôs o ministro ao escracho, ao autografar a camisa de um apoiador. Ele pediu que Moro também assinasse e, ao devolver para o dono, o presidente perguntou se o ministro havia escrito “Lula Livre”.

No dia anterior, em live pelo Facebook, Bolsonaro já havia provocado Moro ao indagar se ele iria fazer um “troca-troca” com Ricardo Salles, dando gargalhadas enquanto o ministro se constrangia. No mesmo dia 9, O Globo, Folha e Estadão destacavam um Moro “menor” e humilhado por Bolsonaro. Os três principais jornais impressos do País deram destaque à humilhação que o ministro da Justiça está sendo submetido por Jair Bolsonaro e já rifam o ex-juiz que, no governo, estaria cada dia “menor” em relação ao imponente magistrado que comandava a 13ª Vara Federal de Curitiba com “uma caneta na mão”.

A íntegra das informações está disponível no site da revista Fórum.

Moro e a rotina de humilhações e bajulação com Bolsoanro 
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