“Minha mãe foi espancada até a morte e a minha família foi destruída. Por conta de uma fake news, minha mãe foi confundida na rua, dizendo que ela era sequestradora de crianças. Ela deveria estar aqui, ter conhecido a minha filha”. O depoimento real é de Yasmin de Jesus, de 21 anos. A mãe dela, Fabiane Maria de Jesus, foi vítima de uma notícia falsa postada em maio de 2014 no Facebook. O post viralizou e no dia 5 de maio daquele ano ela foi confundida com uma suposta sequestradora de crianças para rituais de magia negra.

Fabiane, que havia saído de casa no Bairro Morrinhos, no Guarujá (SP), para ir à igreja, foi amarrada e agredida por uma multidão. Ela ainda foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois na cidade do litoral paulista. Deixou a filha Yasmin, na época com 13 anos, e Ester, na época com um ano de idade. Pelos registros policiais, foi o primeiro caso de fake news que resultou em morte no Brasil.

Parte dessa trágica narrada em um vídeo curto, de 30 segundos, marca um novo episódio da campanha Brasil contra Fake, do Governo Federal. A intenção é combater a desinformação disseminada nas redes sociais. Com o slogan “Quem espalha fake news espalha destruição”, a iniciativa aborda o impacto do problema no dia a dia da população.

A ideia é retratar os mais variados perfis de pessoas para mostrar que estamos todos do mesmo lado e qualquer um pode se tornar vítima de uma notícia falsa. Na página gov.br/brasilcontrafake está disponível para consulta um passo a passo para denunciar, nas próprias redes sociais, os conteúdos de desinformação. “Nas partes mais importantes da minha vida eu queria minha mãe aqui, e ela não está. Quem espalha fake News também e responsável”, afirmou Yasmin, que hoje é mãe de um bebê de dois anos. A família até hoje batalha na justiça por indenização.

“A mentira pode matar! Fatos reais como esse mostram como as fake news despertam o ódio coletivo e trazem consequências irreversíveis. Essa onda de destruição precisa acabar. É hora de promover a união das pessoas e a reconstrução do país”, indica o texto de suporte para o vídeo da campanha.

As informações são do site da Secretaria de Comunicação do Governo Federal.

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