Guru. Filósofo. Ensaísta. Embusteiro. Jornalista. Professor. Tolo arrogante. Muitos de fato são os nomes dados para Olavo de Carvalho, dependendo a qual espectro politico pertença à pessoa (esquerda, direita), utilizados para descrever figura tão polêmica e que vão desde o mais pejorativo ao mais ilustre. Seguindo o aviso de Felipe Moura Brasil, dado na apresentação do livro O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, “Olavo de Carvalho não é para frouxos”, então não serei um.

Meu primeiro contato com os escritos de Olavo de Carvalho foi através do livro já citado acima. O imbecil coletivo foi outro que li e o tenho guardado para futuras releituras. Acompanhei criticas feitas tanto à obra como ao autor, realizadas por nomes como o historiador e jornalista Marco Antonio Villa e pelo filósofo Luiz Felipe Pondé, sendo esta ultima a mais equilibrada de todas que já li ou assisti, entre muitas outras.

Olavo de Carvalho é um provocador que instiga quem busca de fato conhecê-lo para ir além de prisões ideológicas ou da superficialidade. O primeiro grande mérito de Olavo de carvalho e de fundamental importância, por ter sido, como diz Pondé, “… talvez o primeiro a apontar os erros metodológicos, o domínio intelectual que a esquerda exercia sobre os mais jovens…”. Olavo de Carvalho denunciou o modo como certos grupos esquerdistas tentavam dominar o palco politico e cultural, como também, apontou a covardia, falta de inteligência e leitura de uma “direita” que beirava ao caricato.

O segundo grande mérito deste professor, que entre seus alunos figuram nomes como Bernardo P. Kuster, (youtuber, analista politico e responsável pela produção cinematográfica Eles estão no meio de nós– a ser lançada), a deputada estadual Ana Campagnolo (autora do brilhante livro Feminismo-Perversão e subversão) e do jornalista Allan Santos (Terça Livre), é de abraçar e acolher intelectuais promissores que não percebiam no ambiente acadêmico um lugar propicio para que certas ideias fossem articuladas, debatidas e analisadas sob outro viés ideológico que não fosse o marxista. O filósofo Pablo Ortellado sintetizou bem a relação de Olavo com essa “nova direita” ao chamá-lo de pai espiritual desta.

Muitos criticam o fato de Olavo se denominar filósofo como o escritor e também filósofo Paulo Ghiraldelli e o historiador Marco Antonio Villa, já que o mesmo não tem formação universitária. O entendimento que Olavo de carvalho possui sobre certos eventos históricos (como a inquisição, por exemplo) e sobre algumas questões científicas também suscitam grandes controvérsias.

A influência de Olavo dentro da politica e do pensamento intelectual brasileiro deve ser vista e analisada seriamente tanto pelos que o querem refutar como por seus defensores. Para aqueles que o veem somente como um tolo falastrão, devo dizer, cuidado; Olavo de Carvalho e sua influência nos novos rumos da nação (politicamente e intelectualmente), para o bem ou para o mal, é um fato inegável.

Carlos Alberto Chaves Pessoa Junior
Profesor de español/ English teacher
Articulista , palestrante e critico literário

Carlos Alberto Chaves P. Junior – jrchavesespanhol@gmail.com

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